Novo mapa eleitoral do Texas amplia poder dos brancos e dilui voto de negros e latinos, denunciam críticos. Veja o vídeo.

 
O deputado do Texas, Vince Perez, fez as contas — um novo mapa eleitoral para o Congresso, desenhado pelo Partido Republicano no Texas, praticamente garantiu que os eleitores brancos dominassem as eleições — diluindo o poder de voto de latinos e negros em todo o estado.

“Este mapa é uma abominação”, disse ele.  “É vergonhoso.” (Assista ao vídeo)


Os novos mapas, aprovados pela Legislatura do Texas pelos republicanos, permitem que os brancos do Texas controlem efetivamente 26 das 38 cadeiras do estado no Congresso — mesmo que quase 60% da população do Texas seja composta por pessoas não brancas.

Pelo plano republicano, seriam necessários 2 milhões de negros texanos para eleger um representante — em comparação com apenas 445 mil texanos brancos. Isso representa 5 vezes mais poder de voto para eleitores brancos. Para os latinos, a proporção é de 3 para 1.

Perez, que representa El Paso, afirma que isso não é democracia — é “engenharia racial”.

Os mapas dividem bairros latinos e negros, enquanto preservam distritos brancos com alta participação eleitoral.

Alguns distritos chamados de “maioria latina” são em sua maioria apenas sem papel — depois que os criadores do mapa os diluíram com zonas eleitorais predominantemente brancas.

O resultado: os latinos do Texas podem se tornar, em breve, o grupo racial mais sub-representado do país.

O Texas ganhou novas cadeiras no Congresso graças a um crescimento populacional explosivo — 95% vindo de comunidades não brancas. Mas, em vez de reflexão esse crescimento, os republicanos manipularam os limites distritais para manter o poder nas mãos dos brancos.

Perez afirma que o boicote ao censo e os objetivos de redistritamento da administração Trump sempre fizeram parte do mesmo plano: suprimir o poder político das comunidades não brancas para aumentar o controle republicano.

Para muitos, isso remete ao Compromisso dos Três Quintos — quando pessoas negras escravizadas eram contadas como três quintos de uma pessoa para inflar o poder político branco sem direitos aos negros.

A decisão no Texas não se limita a um debate local: ela reflete um movimento mais amplo de manipulação política que ameaça a representatividade democrática em escala global. Ao reduzir o peso do voto de negros e latinos, o estado reforça práticas de exclusão que se alinham ao avanço da extrema direita racista em diversas partes do mundo, onde estratégias de marginalização buscam manter privilégios históricos de grupos dominantes. Esse tipo de engenharia eleitoral não apenas fragiliza a confiança nas instituições, mas também legitima discursos autoritários que se apoiam na desigualdade para perpetuar o poder — um alerta de que a luta por equidade e participação política plena segue sendo um desafio internacional.

Fonte: https://www.instagram.com/okingaoficial/


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